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segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu me acho!!

Sim, é um fato: eu me acho! E me perco o tempo todo também...E nem é que seja muito metida não...(ok...talvez um pouco), mas é que precisei me ornar de mim, pra me proteger da crítica abusiva do mundo, do olhar por ventura pouco enaltecedor do outro.

Sabe aquela máxima do “amor próprio” e da segurança de SER? Pois é...é aí que eu entro com esse papo do eu me acho. Quando alguém que não me conhece bem fala de mim, eu acho lindo...é exatamente a pessoa que eu sou por fora e que quero ser quando eu crescer...Sou eu na versão superfície, e volta e meia finalizam com: “-Nossa, você é ótima, mas antes de te conhecer eu te achava super metida.-”. Si, esta tambien soy yo: Metidinha, segura e mulherão...Quase uma farsa! Porque um mulherão de 1.60cm e uns quilinhos a mais...”Tô pra ver”.

Então...voltando ao pensamento inicial: A técnica ninja do “eu me acho”, cresceu comigo por pura necessidade de me colocar no mundo como agente ativo e não capacho das situações. De vez em quando me perco no labirinto extenso e cheio de espelhos que é o mundo, aí questiono, desço do palco, do salto, e deixo de me achar...ou começo a me achar tudo ao contrário, tudo de menos, tudo de mal...é quando sucumbo as tais críticas que citei. Ponho em dúvida minhas dádivas, meu eu...porque quero ser melhor pro outro e por vezes, esqueço de perguntar se o outro é melhor pra mim. E nisso sigo, indo e voltando pelos meandros de Shakespeare: “Ser ou não Ser, eis a questão”. Não tenho resposta pra isso.

O fato é que, quando a gente se depara com alguém que “se acha”, muitas vezes percebe que o sujeito realmente é bom naquilo que faz, ou naquilo que é, daí sentir-se tão seguro. Certamente não são as qualidades do sujeito que nos incomodam e sim, a falta de modéstia, um ar que, a primeira olhada, pode parecer arrogância mas que, na realidade dos fatos é apenas segurança. A segurança alheia quando exposta assim, de forma clara e sem a falsa humildade, pode parecer grosseria, mas há que se dar nome aos bois, posto que, cada um de nós sabe-se realmente bom em algo. Nem sempre quem “se acha”, se acha sozinho, gente assim, normalmente está rodeada de outros “achantes”. Agora, vem cá...a gente não se incomoda com o outro por acaso, a lei da afinidade está aí na vida da gente o tempo todo.

Será que ao se incomodar com alguém que “se acha”, a gente não está apenas tentando negar uma porção nossa? Preste atenção...será que você também não “se acha” em alguma coisa e anda tentando tapar o sol com a peneira só pra se convencer que você é melhor que o achante ou muito mais humilde? Vale a pena dar uma refletida...E relaxe...”se achar” é na verdade muito gratificante viu? Pode respirar tranquilo, porque, a menos que você seja um Franciscano, você está apenas se valorizando, mesmo que, eventualmente, seja apontado ou rotulado por isso, no fundo pode ser apenas um espelho embaçado se vendo...não dê muito ouvido as críticas, desconfio que no fim das contas, o que vale muito mesmo é estar confortável na própria pele.